07 julho 2005

Apresentação

Venho por este meio apresentar-vos uma das maiores aberrações que alguma vez pisou uma sala de aula em que eu estivesse presente. Chama-se Maria Cristina Guimarães Almeida Moreira e lecciona na Universidade do Minho. Tive o infortúnio de a "apanhar" como professora de História Económica.

Certamente que eu e muitos outros postaremos neste blogue histórias surreais da senhora. Por ora resta-me aguçar-vos o bico com a seguinte delícia:

Durante uma aula, falando do comércio português com a Índia, a professora escreve a seguinte palavra no quadro:

PREVELIGIADAS

Após o intervalo, na 2ª parte da aula volta a escrever no quadro:

PREVILIGIADAS

Cheguei a acreditar que ela ia conseguir acertar na forma certa, mas nunca mais a vi escrever a dita palavra...

9 Comentários:

Blogger I[A] escreveu…

Ainda hj me sinto confuso c essa palavra!!
Qd a souber escrever vai ser uma privelegiada! (será assim?!)

7/7/05 21:59  
Blogger Eins escreveu…

Eu sei!!! Eu vi gente com a palavra bem escrita no caderno e a apagá-la para copiar a Professora...

8/7/05 02:25  
Blogger Eins escreveu…

Serviço Público:

Derivando da palavra PRIVILÉGIO, a dita cuja escreve-se PRIVILEGIADAS.

8/7/05 18:01  
Blogger Zwei escreveu…

e Pirinéus?...

9/7/05 18:02  
Blogger AEnima escreveu…

Sinceramente... deixem-se de parvoíces! Se os professores contassem o vosso português a corrigir os vossos exames, chumbava 90% dos alunos à leitura da primeira resposta.

Ass: ex-aluna de Economia da UM e com experiência de docência noutras universidades. P.S. - História foi sempre a minha disciplina favorita desde pequenina e daí sempre fui muito exigente ao avaliar os professores de história. Também fui aluna da professora Cristina Moreira e foi apenas a segunda vez ao fim de 13 anos de aulas de história (naquela altura) na minha educação que vi a disciplina ser ensinada com espírito de raciocínio e lógica em vez de puro "decorar de um rol de eventos". O exame dela foi nítida prova disso, desafiando o nosso poder de avaliação e relação de eventos baseado em estudo e conhecimento de factos.

19/6/06 14:33  
Blogger Eins escreveu…

A professora em causa deve ter mudado muito... É um facto que os exames dela são bem feitos, e que exigem todas as competências que enumeraste. E eu também gosto disso, não só em história como em qualquer outra disciplina que o permita.

A verdade é que as aulas dela são tudo menos propícias à aquisição de tais competências...

O pior de tudo vem com a correcção dos ditos exames. Os casos são demasiado evidentes, e o número de exemplos impede a possibilidade de se tratar de uma infeliz coincidência. A professora pura e simplesmente passa e reprova os alunos SEM CRITÉRIO! Ou então é pela beleza do nome ou fotografia. Isto porque:
1 - vi muita gente ser "chamada a atenção" nas aulas e não ser "queimada" no exame (o que poderia ser um critério, ainda que injusto);

2 - vi gente com aquele comportamento típico "exemplar", com bons conhecimentos, bom método de estudo, e capacidade louvável de engraxar, e mesmo assim levar com uma classificação de 3, 4 ou 5 valores;

3 - também conheço casos em que, no gabinete da professora, foi questionado o motivo de tão baixa classificação, e na análise do dito exame se verifica que entre os 70 elementos de avaliação do exame, faltavam 3 (e apenas a sua enumeração, pois eram visados no decorrer do exame). O português estava bom, os assuntos relacionados e as respostas bem dadas (isto dito pela professora). Mas os 3 "nomes" que faltavam foram o suficiente para se levar com um 6 na pauta. Questionada sobre a possibilidade de, escrevendo 1 linha para cada pergunta enumerando os tais "nomes", poder ser o suficiente para tirar um 14 (os que faltavam...), a professora diz: "não se esqueça que me vai apanhar a História do Pensamento Económico no 4º ano, e que ainda tem que fazer esta cadeira!"

4 - o único critério observável é a melhoria incrível das notas em Setembro face a Janeiro. Todos os anos.

Perguntar-te-ás como sei em tal detalhe o caso nº3... foi o meu. Incrível é que em Setembro fiz um exame mediano e tirei 18. Quando eu digo mediano, digo que fiz exame para 13 ou 14. E fiz isto porque desanimei em Janeiro. Porque também gosto de história, fui às aulas (quase) todas, e eram às 8 da manhã(!), e ainda estudei para o exame. E sei que fiz um bom exame em Janeiro. A correcção posterior, no gabinete, veio comprová-lo. A atribuição da nota é que não.

Isto tem-se vindo a verificar desde essa altura (2000-2001) até agora. Basta falares com quem lá está. É rigorosamente isto que se passa. E é inaceitável.

19/6/06 14:54  
Blogger Eins escreveu…

Quanto ao mau português dos alunos, tens toda a razão no que dizes, e eu acho que as pessoas não deviam passar um certo nível de escolaridade (9º ano, para mim) sem saber escrever decentemente.

Quanto mais chegar a professor!!!

Mas não é culpa dos alunos serem passados, e também não foi culpa dela ser admitida no mundo da docência...

19/6/06 15:00  
Blogger AEnima escreveu…

Um 18 a história? Essas médias de curso dos licenciados em Economia na U.M. devem ter disparado!!! É verdade que fui da primeira turma do curso de Economia (95-99) e que provavelmente os standards foram postos altos... mesmo assim, parabéns. Eu fiz história na primeira chamada do primeiro exame dessa disciplina e que me lembre o meu 14 foi uma das melhores notas. E assim for aí fora. Passar a Macro I já era uma benção, quanto mais ter uma nota superior a 12. T.A.E. dada pelo professor daquela altura (que já não lecciona na UM) tinha exames de passarem apenas 2 alunos em centenas. E tantas outras... Ter média final de curso de 14 ou superior era mesmo para uma minoria que percebia algo de Economia e na altura em que terminei todos os exames (julho de 99 pois nunca deixei cadeiras chumbadas nem sequer para setembro) eram raros os casos e contavam-se pelos dedos das mãos, assim como os que recebiam o diploma de mérito todos os anos eram apenas 4 ou 5 de nós.
Outro assunto que abordaste e muito bem foi o caso dos alunos "graxistas". Não me lembro nunca de ter sido uma dessas pessoas enquanto aluna, mas notei que os meus colegas que andavam sempre de volta do gabinete do professor, não tiravam melhores notas do que eu por esse factor. Agora na qualidade de docente posso dar-te a certeza que são muito mais os professores que detestam que lhes dê graxa do que os que a aceitam. Aliás, eu até tenho que ter o cuidado de não prejudicar o aluno graxista, pois tão farta estou que me escrevam e-mails e me ponham dúvidas estúpidas que inconscientemente quase lhe ganhamos uma certa "raivinha".
Bem... muito há sempre a dizer sobre cursos e professores, mas a verdade é que não há pessoas perfeitas, logo não há professores perfeitos. Eu tenho verdadeiro gosto em ensinar e tento o meu melhor para criar um espírito de raciocínio e lógica no estudo da Economia e se bem que alguns reconhecem o esforço, mais são os que se queixam pois as questões são "difíceis" ou "a professora nunca falou disto na aula". Queixar-se do leite derramado em vez de evitar derramá-lo é sempre uma má política de vida, em todos os aspectos dela. Espero que te tenha ajudado. Talvez noutra altura voltamos a falar.

20/6/06 01:10  
Blogger Filipa Gonçalves escreveu…

Essa "senhora" também foi minha prof no 1º ano de LEA (prof de micro), passava as aulas a dizer "ah, vocês não sabem, mas é normal, são de línguas..." com aquela cara de enfezadinha que eu tornava em regozijo a cada vez que ela cometia algum erro CRASSO no quadro... mas é verdade, somos de línguas!
Outra cena curiosa foi quando ela se virou para mim (eu era delegada de ano) e pronunciou a seguinte sequência de palavras: "a delegada que recolha os apontamentos dos colegas [cerca de 60 pessoas] e que veja quais são as dúvidas deles para me dizer" é claro que eu não tinha mais nada para fazer... felizmente os meus colegas corroboraram a minha teoria sobre a eventual senilidade da senhora e ninguém me entregou os apontamentos.
Isto são só exemplos de um semestre bem recheado...

26/1/08 21:42  

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